Amador de Almeida Pais, o poeta popular de Vale de Mouro
Amador de Almeida Pais, natural de Vale de Mouro, conta 90 anos de idade. Foi pastor, trabalhador agrícola, carpinteiro. Já depois da reforma, desenvolveu o gosto de criar rimas simples, guardadas apenas na sua memória, que exprimem o amor ao seu concelho, aos seus encantos naturais e às suas gentes, e à sua terra natal. Outras contam estórias da sua vida.
A cultura popular, adquirida na escola da vida, constitui um património imaterial único que importa registar e preservar para memória futura, antes que possa desaparecer na voragem dos tempos modernos. Ela está presente nas tradições, nos usos e costumes, nos saberes, nos ditos populares, nas receitas, nas mezinhas, nas danças e cantares, exprimindo a simplicidade, a espontaneidade e a genuinidade da relação humana com a natureza, a sociedade e a vida.
Esta recolha de poesia popular que aqui damos a conhecer é um contributo para a divulgação e preservação desse património.
Estamos perante uma lição da história e daquilo que é Mortágua.
Mortágua é as pessoas. Da vila e das aldeias. Da serra e do campo. De todas as idades e profissões. Assim se faz uma Mortágua Viva e uma Mortágua Inclusiva, onde todos têm voz e espaço.
É com essa intenção que deixamos aqui algumas quadras da autoria deste nosso poeta popular.