- Início
- Autarquia
- Freguesias
- Sobral
Sobral
FREGUESIA DE SOBRAL:
Área: 64,2 km2
Total de população residente em 2021: 2189 Habitantes
Localidades que constituem a freguesia:
Sobral, Calvos, Chão de Vento, Chão Miúdo, Tojeira,
Cruz de Vila Nova, Felgueira; Gavião, Póvoa do Sebo,
Mortazel, Pego Longo, Riomilheiro, Vale de Paredes,
Vila Gosendo, Vila Meã, Vila Moinhos e Vila Nova.
Orago: São Miguel
Locais de visita:
. Igreja Matriz (enquanto paróquia a sua antiguidade pode documentar-se desde séc. XIV, tendo as suas terras pertencido à rainha D. Dulce, esposa de D. Sancho I).
. Ribeira da Fraga/Farmila – rica em vegetação autóctone como amieiros, salgueiros e vários tipos de feto, bem como vestígios de velhos moinhos de rodizio.
. Largo do Terreiro – Vila Nova.
. Várzea do reguengo – campos de cultivo, moinhos de rodizio, lagares de azeite, espigueiros.
. Mortazel – Lapa da Moura (possível arte rupestre, trata-se de insculturas em xisto onde se pode observar desenhos de um machado com uma forma semelhante à palma de uma mão).
. Tojeira – aldeia de xisto, parque de merendas e santuário.
. Percurso Pedestre – PR2 MRT – Percurso Pedestre da Fraga
Sobral, é a maior freguesia do concelho, situada a nordeste do município. Confina com os concelhos vizinhos de Tondela e Santa Comba Dão e é delimitado pelas freguesias de Pala e União de Freguesias.
Constituindo um dos mais antigos povoamentos desta região e uma das mais vastas várzeas agrícola do distrito de Viseu, Sobral situa-se aos pés da Serra do Caramulo e entre a ribeira de Mortágua e Almaça.
O topónimo indica que era um lugar povoado de sobreiros. Ainda no século XIV se escrevia “Soveral”, uma forma usada principalmente no centro e sul do país.
Outrora a zona baixa da freguesia terá sido parte de um enorme lago, fruto das águas do mar que submergiam esta zona do concelho, o oceano retirou-se das nossas paragens fundando campos nivelados que foram transformados em férteis campos de cultivo, graças ao esforço e à técnica dos romanos. A ocupação romana, a vinda de colonos e a criação de Villae (quintas) acabou por marcar a toponímia da zona. Com efeito, todas as localidades do reguengo iniciam por Vila (Vila Nova, Vila Gosendo, Vila Meã, Vila Moinhos).
O reguengo era parte do concelho que, na Idade Média, estava sobre o domínio direto da coroa, em que as rendas anuais pagas pelos respetivos caseiros pertenciam ao tesouro real, referido, explicitamente, no 1º foral de Mortágua de 1192, concedido pela rainha D. Dulce esposa de D. Sancho I, “…de foro do regaengo do Soveral, in unoquoque anno dabunt duas fogaças de singulis almudis…”. Desde do século XIII o reguengo estava na posse da coroa, a doação tinha que ser confirmada em cada geração porque a família real era a verdadeira possuidora, para todos os efeitos jurídicos, inclusive para confirmar ou não a doação dos descendentes dos donatários, estes apenas tinham a doação dos direitos reais consignados no foral, doação vitalícia e revogável. Vários foram os senhorios do reguengo até chegar à casa do Cadaval.
Encontra-se, ainda, na aldeia de Vila Nova, um largo dedicado a D. Vasco Martins, mordomo-mor de D. Sancho I em 1208, foi o 1º donatário das terras de Mortágua. A ele foram doados os direitos régios da nossa vila e do reguengo. Terá falecido no início de 1210.
Na pequena aldeia de Chão de Vento, encontra-se a única Escola de Cães Guia do país, vocacionada para a educação de cães guia para cegos. ABAADV – Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com objetivo de promover o apoio e a integração social, cultural e profissional do deficiente visual.