 Comissão Eventual de Defesa da Floresta
Uma delegação da Assembleia da República, da Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, esteve em Mortágua no passado dia 30, para uma reunião de trabalho com a Câmara Municipal.
A delegação parlamentar era constituída por 14 deputados, em representação do Partido Socialista, Partido Social Democrata, Partido Comunista Português, Partido Popular e Partido da Terra. Estiveram presentes também na reunião o Governador Civil de Viseu, Dr. Acácio Pinto, o Comandante Distrital Operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil, César Fonseca e o Coordenador Superior da Policia Judiciária de Coimbra, Rodrigues de Pina.
A reunião teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal, tendo os deputados sido recebidos pelo Presidente da Câmara Municipal, Afonso Abrantes. Esta reunião permitiu aos deputados tomar conhecimento do programa de protecção e valorização florestal que o Município tem desenvolvido, nas suas várias vertentes, nomeadamente vigilância florestal, construção de infraestruturas, apoio ao combate, sensibilização da população. A apresentação desse programa, feita em Powerpoint, esteve a cargo do Gabinete Técnico Florestal do Município. Na sequência dessa apresentação cada representante dos partidos políticos pôde colocar as questões ou pedir os esclarecimentos que a mesma suscitou, tendo o Presidente da Câmara dado as devidas explicações.
O Presidente da Câmara, na sua intervenção, referiu que a política de defesa da floresta tem sido uma efectiva prioridade no desenvolvimento do concelho ao longo dos últimos 18 anos, destacando os elevados e continuados investimentos realizados pelo Município e a parceria estratégica com as Juntas de Freguesia, Bombeiros e Associações Locais, que tem sido valiosa e com resultados positivos à vista. Para além desse investimento municipal, referiu que o facto da floresta do concelho ser encarada como uma riqueza, uma fonte de rentabilização económica, de rendimento a longo prazo, um pé de meia das famílias, tem sido essencial na manutenção e valorização da floresta, resultando daí uma floresta humanizada, vivida e cuidada, e portanto mais protegida.
Afirmou mesmo que “em Mortágua muitos proprietários tratam da sua floresta como se fosse o seu jardim ou a sua horta”, aludindo deste modo ao esmero e dedicação com que cuidam do seu pedaço de floresta.
Os deputados, nas suas várias intervenções, mostraram-se bastante agradados com o que viram e ouviram, não sendo para alguns deles nenhuma surpresa, nomeadamente para os deputados eleitos pelo Círculo de Viseu, que já conhecem relativamente bem a realidade do concelho em termos de protecção e preservação da floresta. Pareceu consensual que em Mortágua existe um modelo de boas práticas que deve ser atendido e seguido, tendo sido pedida uma cópia desta apresentação para ficar à disposição da Assembleia da República. Os deputados tiraram muitos apontamentos e concerteza algumas ideias ficaram na retina.
Mas os deputados registaram também outros indicadores do desenvolvimento sustentado do concelho, ficaram a saber, por exemplo, que as infraestruturas básicas, os equipamentos sociais e culturais estão hoje todos realizados e o Município ainda apresenta uma situação financeira estável, o que causou alguma admiração nos deputados, pela positiva, já que essa não é a realidade da maioria dos municípios portugueses.
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