 Desde o passado dia 29 de dezembro que entrou em funcionamento, no concelho de Mortágua, a segunda fase do serviço de Transporte Flexível a Pedido, um projeto promovido pela CIM-Região de Coimbra e Municípios aderentes (Mortágua é um deles), que visa proporcionar uma solução de mobilidade para as populações, e em especial para as que vivem mais afastadas da sede do concelho, onde estão instalados os principais serviços públicos (Centro de Saúde, Segurança Social, Finanças), além de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que são únicos, como os Bancos, os Correios, o Mercado, entre outros. Comparativamente à primeira fase do projeto, que decorreu entre 28 de junho e 28de dezembro, foram agora introduzidos vários ajustamentos e melhorias, tendo em vista responder às necessidades de deslocação das pessoas. A principal alteração é desde logo o alargamento da rede territorial abrangida, que passa de 6 para 32 lugares do concelho, distribuídas por 6 rotas (antes eram 4). Os destinos de chegada foram também aumentados, de dois para três, passando a abranger, além do Largo da Câmara Municipal, também o Centro de Saúde e a Feira de Vale de Açores. Aas rotas têm horário de chegada a Mortágua ou Vale de Açores ((dia de feira) às 8h30, e dois horários de regresso à escolha do utilizador, às 13h00 e às 18h00, respetivamente. Foi ainda criada uma rota dedicada, de sentido único, abrangendo 59 lugares do concelho, com partida às 13 horas do centro da Vila (Praça de Táxis) para qualquer um desses lugares de origem. Na prática, esta rota específica permite que as pessoas possam regressar a casa à hora do almoço. Desta forma, com as seis rotas criadas, todo o concelho passa a ser servido pela rede de transporte flexível a pedido. O serviço funciona dois dias por semana, às segundas-feiras e quintas-feiras, mas permite alguma flexibilidade em função das necessidades concretas das pessoas, por exemplo, no caso de uma pessoa ter uma consulta ou exame marcados noutro dia da semana. O pedido é feito mediante marcação prévia até às 15 horas do dia anterior ao dia da viagem, através de uma chamada para o nº de telefone 800 200 201 (a chamada é gratuita). A central de reservas está disponível de segunda a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, para atender os pedidos. Este serviço é muito simples, prático e económico, uma vez que os utilizadores que recorram a este tipo de serviço pagam um valor de viagem mais reduzido, sendo o restante suportado pelo Município. Os bilhetes são adquiridos a bordo e cada viagem custa entre 1,05 euros e 4,60 euros, consoante o percurso. Por outro lado, o serviço permite dar uma melhor resposta às necessidades de deslocação das pessoas, disponibilizando horários mais compatíveis com as suas necessidades diárias.Este serviço permite às pessoas ter transporte no dia em que necessitam e para o local onde necessitam com um telefonema. O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Pardal, refere que foi intenção do atual Executivo, em colaboração com a CIM, redefinir e melhorar o serviço que até aqui era prestado, “com o objetivo de chegar a mais pessoas e mais lugares, e dar uma melhor resposta às necessidades de mobilidade dos munícipes, nomeadamente aqueles que vivem mais longe ou que não têm transporte próprio, e precisam de vir à Vila de Mortágua para tratar de assuntos importantes ou adquirir determinados bens e serviços que só aqui existem”. “O que se pretende é que as pessoas utilizem este serviço, que oferece muitas vantagens, em termos de acesso direto aos lugares e de horários, mas também em termos de preço”, diz. Nesse sentido, vai ser reforçada a divulgação do serviço, envolvendo as Juntas de Freguesia, para que as pessoas conheçam e estejam esclarecidas sobre a existência e as vantagens do mesmo, e o utilizem o mais possível. Irá também proceder-se à colocação da sinalética nos trajetos, logo que todo o material esteja disponível, “porque é também um meio de despertar a atenção das pessoas e de incentivá-las a recorrer a este serviço”, acrescenta. “Se o projeto ganhar uma boa adesão nos primeiros meses do ano, a partir de certa altura o “passa a palavra” será o melhor veículo de divulgação do serviço”, conclui. |