 Tiveram início recentemente os trabalhos de execução da Ecovia do Mondego na área respeitante ao concelho de Mortágua. No troço de Mortágua, a Ecovia desenvolve-se ao longo da albufeira da Aguieira, desde a Lagoa Azul, passando junto à marina do Montebelo e ligando à Barragem, tendo uma extensão de cerca de 4,25 km. Percorre maioritariamente trilhos de terra já existentes, que estão a ser beneficiados, além de dois pequenos troços de tapete betuminoso que vão ser integrados na Ecovia. A vista para a paisagem e o lago da albufeira é a grande mais-valia deste troço, que acompanha o caminhante e cicloturista do início ao fim. Nalguns pontos do trajeto a vista é esmagadora, oferecendo uma ampla perspetiva da beleza e vastidão do plano de água, e das suas enseadas e floresta envolvente. Nesta fase inicial estão a ser realizados trabalhos de limpeza/desmatação e de drenagem. O objetivo é criar uma via turistica, com perfil ciclável e pedonal, devidamente sinalizada, que preserve as caraterísticas naturais do percurso nas zonas de terra. Com uma extensão aproximada de 40 km, a Ecovia do Mondego faz o Prolongamento da Ecopista do Dão, desde o final da Ecopista do Dão em Santa Comba Dão até aos limites do concelho de Penacova, atravessando assim os concelhos de Santa Comba Dão, Mortágua, Penacova e Vila Nova de Poiares. O projeto da Ecovia do Mondego foi alvo de candidatura ao Programa Valorizar, sob a liderança da CIM Região de Coimbra, em parceria com a CIM Viseu Dão Lafões e os municípios de Santa Comba Dão, Mortágua, Penacova e Vila Nova de Poiares. A empreitada tem o valor de 1. 439.790,00 €e um prazo de execução de 18 meses. Representa um passo decisivo para concretizar a previsível e estratégica ligação ciclável entre a Ecopista do Dão (já construída) e a Figueira da Foz, nomeadamente através do troço em preparação entre Coimbra e Figueira da Foz – Ciclovia do Mondego. Desta forma, abre-se a possibilidade de tornar ciclável o eixo estruturante Viseu – Figueira da Foz, que permitirá constituir uma rede estruturante na região Centro em conjunto com o troço da Eurovelo 1 entre Mira e Figueira da Foz. O presidente da Câmara Municipal, Júlio Norte, refere que “as pessoas procuram e valorizam cada vez mais a mobilidade sustentável, o contato com a natureza, a atividade desportiva ao ar livre, e projetos como o da Ecovia do Mondego enquadram-se nesse tipo de procura turística, mais personalizada e menos massificada”. Júlio Norte salienta também a aposta do Município nos percursos pedestres e adianta que está a decorrer o processo de homologação de um terceiro percurso denominado “Percurso Pedestre das Várzeas”, que abrange as várzeas das ribeiras da Fraga e de Mortágua. O concelho passará assim a ter três percursos pedestres: PR1 (Percurso Pedestre das Quedas de Água); PR2 (Percurso Pedestre da Fraga), já homologados; e PR3 (Percurso Pedestre das Várzeas (em fase de homologação). Aponta ainda a construção (em curso) do parque de apoio ao autocaravanismo de Mortágua como mais um fator de atração de visitantes ao concelho, dando resposta a um segmento em grande expansão. Segundo Júlio Norte, projetos como a Ecovia do Mondego, as rotas temáticas (Grande Rota do Bussaco, Rota da EN2, Rota do Mondego, Rota da Espiritualidade), os percursos pedestres, os trilhos de BTT, estão a contribuir para afirmar o concelho e a região como destino turístico sustentável e atrativo, e a alavancar a atividade económica ligada ao setor do turismo, como a Restauração, a Hotelaria e o Alojamento Local. Júlio Norte refere que o Turismo é hoje um dos grandes fatores impulsionadores do emprego e do crescimento económico do país e das suas regiões. “Os mais de 5 mil visitantes da Rota da Nacional 2 que Mortágua recebeu em 2020 são elucidativos da importância do turismo para a economia local”, destaca. A pandemia veio interromper esse ciclo, mas Júlio Norte manifesta a esperança que no início do verão o turismo volte ao que era em 2019. .JPG) |