 A Infraestruturas de Portugal apresentou o Estudo Prévio para a supressão da passagem de nível existente ao PK 74,493 da Linha da Beira Alta, na localidade do Coval. O estudo aponta como solução técnica a construção de uma passagem superior (viaduto) para o trânsito automóvel e pedonal, cujos encontros são o mais próximo possível dos pontos de inserção da via existente, de forma a minimizar a afetação dos terrenos agrícolas. A obra, da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal, tem uma estimativa orçamental de 525 mil euros. Nos anos 90, em consequência da modernização da Linha da Beira Alta, foram suprimidas várias passagens de nível existentes no concelho, com destaque para a de Vale de Açores, a mais movimentada e problemática, mas permaneceu a do Coval, sendo atualmente a única que resta no concelho. Nesta última foi instalado um sistema automático de fecho das cancelas, o que não anulou um sentimento de receio e insegurança nas pessoas que diariamente atravessam aquela via, para além do tempo de espera a que obriga. O Presidente da Câmara Municipal, Júlio Norte, refere que a supressão daquela passagem de nível constitui uma velha reivindicação e um grande anseio do Município e dos Mortaguenses, lembrando as várias diligências do Município junto da empresa (então CP) no sentido de suprimir aquela passagem e encontrar uma solução alternativa. Segundo Júlio Norte, a existência desta passagem de nível, “tem sido um forte constrangimento em termos de acessibilidade e mobilidade”. E lembra que se trata da principal via de acesso ao Cemitério Municipal e à zona do Santuário do Cabeço do Senhor do Mundo, que é utilizada diariamente por centenas de pessoas. Além disso, acrescenta, “o problema agrava-se para os veículos pesados que operam na floresta e para os autocarros que queiram deslocar-se ao Santuário, sobretudo no sentido descendente”, por causa do ângulo da curva e a acentuada descida junto ao acesso à plataforma, exigindo redobrado cuidado e mais tempo para atravessar o local. Júlio Norte refere que em pleno século XXI não faz sentido que ainda persistam situações como esta, “absolutamente anacrónica”. Por isso mesmo, mostra-se muito agradado com esta decisão da Infraestruturas de Portugal: “A empresa manifesta a intenção de resolver este constrangimento, já está a trabalhar numa solução, o que nos deixa muito satisfeitos. O primeiro passo para a concretização da obra já foi dado e vamos esperar que não demore muito tempo a ser lançada”. .JPG) |